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Sonho realizado: conheça a história da professora que decidiu empreender e formou complexo educacional na PB

Luzirene Farias começou escolinha infantil em sala improvisada, há 31 anos, e hoje mantém uma escola com cerca de mil alunos em Alagoa Grande
Por Divulgação
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Há 31 anos, Luzirene Farias começou o sonho de empreender como professora. Foi na salinha improvisada, nos fundos da farmácia dos pais, em Alagoa Grande, no agreste paraibano, que ela formou uma equipe e recebeu os primeiros alunos. Os desafios foram muitos, incluindo tragédias pessoais, mas o propósito de transformar vidas falou mais alto. Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Sebrae mostra a força das donas do próprio negócio que conciliam inúmeras jornadas, mas não desistem do empreendedorismo.

“Digo as pessoas que estão iniciando um negócio que primeiro busquem algo que gostem e acreditem que são capazes. O aprender é para todos, pois certamente temos desafios a vencer e temos que estar tá fortalecidos no gostar e se identificar com nosso trabalho”, disse Luzirene Farias. Para chegar aos 600 alunos que tem hoje no Sistema Dinâmico de Ensino, que conta com turmas do ensino infantil ao técnico e profissionalizante, o caminho foi duro. Incluindo na jornada a perda do pai, um acidente de trânsito grave e ainda o estouro da barragem de Camará, em 2004, onde ela perdeu alunos e parte da casa onde morava.

Mesmo com grandes mudanças, o sonho de manter viva a escola, alcançar e mudar vidas por meio da educação falou mais alto. Sobretudo quando ela percebeu que sempre teve uma visão empreendedora, enxergando bem mais que uma sala de aula. Para isso, buscar capacitação sobre como gerenciar o negócio foi essencial para ampliar a estrutura física e de pessoal que ela planejava alcançar. “Eu investia muito em mim na área educacional e precisava me qualificar na administração. Fazendo parte da ampliação, busquei um sistema de ensino visando uma atualização na qualificação dos professores e demais funcionários para que eles tivessem a oportunidade de se atualizar, como também de marketing e assessoria jurídica para escola e com tudo isso dobramos nosso número de alunos na época”, lembra Luzirene Farias.

Ao olhar para trás e os desafios superados, a empreendedora vê que tudo valeu a pena. “Sou movida pela fé em Deus, por minha família e uma equipe comprometida que tem feito a diferença na educação do nosso município de Alagoa Grande. Agradeço ao Sebrae, que me proporcionou a oportunidade de me revigorar e me energizar para o futuro”, reforçou.

Mulheres de negócio – O Sebrae/PB realiza, ao longo do ano, diversas capacitações, cursos e eventos voltados ao empreendedorismo feminino, como o “Acelera Mei Mulher” e o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. De acordo com a gerente de Educação Empreendedora da instituição, Humara Medeiros, 32% do total dos pequenos negócios existentes na Paraíba são geridos por mulheres. “Esse percentual tem aumentado, consideravelmente, sobretudo após a pandemia”, acrescentou.

A gerente destacou ainda que as capacitações promovidas pelo Sebrae/PB abrangem desde o despertar do comportamento empreendedor até a saúde mental das mulheres, que, na maior parte das vezes, conciliam o próprio negócio com outras atividades. “A gente sabe que essas mulheres não só têm a jornada empreendedora, mas chegam em casa e tem outra muito extensa. Porque, a mulher é a mãe, dona da casa, esposa. Então, isso tudo faz com que a gente precise trabalhar essa mulher como um ser integral”, frisou.