Os pequenos negócios da Paraíba, que representam 95,6% das 279.205 empresas formais registradas no estado, sinalizam para uma melhoria do cenário econômico em relação ao ano de 2022. É o que indicam os dados da pesquisa “Pulso dos Pequenos Negócios”, realizada pelo Sebrae, que no mês de julho entrevistou 119 empreendedores no estado. De acordo com os números, 38% dos participantes relataram aumento no faturamento da empresa em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda conforme os dados, a maioria dos empreendedores também realizou investimentos recentes com foco na melhoria de seus negócios.
Chegando a sua quarta edição, a Pesquisa Pulso entrevistou microempreendedores individuais (MEI) e donos de microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) de todo o Brasil. Na Paraíba, os 38% dos entrevistados que afirmaram ter aumento do faturamento em julho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022, tiveram um incremento médio de 39% em suas receitas. Esse percentual registrado no estado é maior que o verificado no recorte nacional da pesquisa, em que 31% dos entrevistados relataram aumento em seu faturamento, com média de 36% de incremento.
Ainda conforme a pesquisa, na Paraíba, outros 31% dos entrevistados relataram diminuição no faturamento, cujo percentual médio foi de 36% de redução, enquanto 28% disseram que ele permaneceu igual na comparação entre julho deste ano e o mesmo período de 2022. Outros 3% dos participantes não souberam ou não quiseram responder. Já no recorte nacional, 37% dos entrevistados relataram diminuição do faturamento, com redução média de 40%, seguidos por 26% que não perceberam diferenças no período mencionado e por 6% que não quiseram ou não souberam responder.
Além do faturamento, outro aspecto importante destacado pela Pesquisa Pulso é a disposição dos empreendedores para a realização de investimentos nos negócios. Segundo os dados, perguntados se haviam realizado algum tipo de investimento na empresa nos últimos três meses, 55% dos entrevistados paraibanos afirmaram positivamente.
Nesse universo, a maior parte dos investimentos (23%) foi na ampliação de espaço físico da empresa. Em seguida, aparecem os investimentos em máquinas e equipamentos (21%), aquisição de equipamentos de informática (12%), veículos (9%), instalações (8%), aquisição de softwares (6%), treinamento de sócios (4%), treinamento de empregados (2%) e outros tipos de investimento (16%).
Na avaliação da gerente da Unidade de Gestão Estratégica e Monitoramento do Sebrae/PB, Ivani Costa, os dados da pesquisa refletem a confiança dos empreendedores diante do cenário econômico. “O atual momento da economia já dá sinais de impactos positivos nos pequenos negócios, pois com as empresas prosperando os empresários tendem a intensificar seus investimentos”, explicou Costa.
Ainda conforme a gerente, diante do prognóstico da pesquisa, é importante que os empreendedores invistam na competitividade de seus negócios. “O foco agora é tornar os negócios mais eficientes e, assim, mais competitivos para atrair os clientes que a cada dia compram com maior frequência de forma online. Em outros tempos, a concorrência era só local, limitava-se a sua cidade, no máximo a sua região. Agora, com o comércio eletrônico cada vez mais acessível e com promoções mais agressivas, essa concorrência se torna de escala global. Então, é importante para os donos de pequenos negócios fazerem as adaptações necessárias, buscando aproveitar o aumento do consumo das famílias”, acrescentou Ivani Costa.