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Diagnóstico elaborado pelo Sebrae busca novas perspectivas e fortalecimento da caprinocultura no Brasil

Relatório final do Direcionamento Estratégico visa maior competitividade e sustentabilidade da cadeia produtiva
Por Michelle Farias
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O Sebrae Paraíba participou, nesta sexta-feira (14), da apresentação do relatório final do direcionamento estratégico para a cadeia da caprinocultura, elaborado pelo Sebrae nacional a partir de uma demanda apresentada pela Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos do Ministério da Agricultura e Pecuária. O objetivo é fortalecer a atividade no país, que tem na região Nordeste a maior concentração de animais.

Atualmente, conforme dados do Senar, existem na Paraíba 2.500 propriedades produtoras no segmento e o estado figura como o maior produtor de leite de cabra do país. Os dados reforçam a pujança da caprinocultura no território paraibano, principal atividade econômica nos 31 municípios do cariri. De acordo com a Associação Brasileira dos Criadores de Caprinos (ABCC), a produção do leite de cabra é a terceira maior fonte de renda em 70% dos municípios da região, ficando atrás apenas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e aposentadorias.

O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/PB e do Sistema Faepa Senar no estado, Mário Borba, citou como exemplos a serem seguidos as cadeias produtivas da avicultura e suína, que passaram por transformações até serem organizadas. “Esse diagnóstico traz perspectivas futuras e agora vamos dar continuidade a esse processo. Vamos conversar com a Direção Técnica do Sebrae Nacional, com o Senar nacional, com Luiz Alberto, nosso superintendente do Sebrae, no sentido que a gente fortaleça mais essa cadeia e não só a nível de Paraíba e Nordeste, mas a nível de Brasil”, afirmou Mário Borba.

Joaci Medeiros, analista técnico do Sebrae Nacional, acrescentou que o documento elaborado envolve, por exemplo, acesso a mercados, políticas públicas, inteligência setorial e sanidade. “Todas as ações propostas em relação ao direcionamento estratégico estão agrupadas em seis verticais, que resultaram em 72 vetores. Fizemos a apresentação do relatório final para que as entidades possam conhecer primeiro o diagnóstico e a partir disso a gente possa encaminhar para uma segunda fase do projeto, que é a proposição de ações”, explicou.

O presidente da ABCC, Pedro Martins, considerou que a elaboração do direcionamento estratégico era o ponto principal para entender melhor a cadeia produtiva de caprinos e ovinos, composta por um rebanho formado por 22 milhões de cabeças de ovinos e 13 milhões de caprinos. Desse total, 96% dos caprinos estão no Nordeste, assim como 65% dos ovinos.

“Precisávamos que isso fosse formalizado porque só se consegue ter governança naquilo que é formalizado. A partir de agora nosso sentimento é de que, ao estarmos diante de um divisor de águas, teremos um novo momento para uma caprinovinocultura nacional mais forte, mais pujante e mais eficaz”, destacou Pedro Martins.

Também participaram da apresentação o superintendente do Senar Paraíba, Sérgio Martins; os gerentes das agências regionais do Sebrae em João Pessoa e Campina Grande, Franco Fred e João Alberto; o presidente da Associação Paraibana dos Criadores de Caprinos e Ovinos, Júnior Nóbrega; além do presidente do Farol de Desenvolvimento da Paraíba, Chico Nunes.

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