Foi encerrada neste domingo (30) a 38ª edição do Salão do Artesanato Paraibano, evento promovido em Campina Grande pelo Sebrae/PB e Governo do Estado. De acordo com balanço divulgado pelos organizadores, o Salão movimentou R$ 2.609.064,04 em negócios, durante os 25 dias de programação gratuita, promovida em pleno período de realização d’O Maior São João do Mundo. Ainda conforme os organizadores, foram comercializados 57.089 itens ao longo do evento, que com o tema “A arte de quem vive da fé” prestou uma homenagem aos artesãos santeiros da Paraíba.
De acordo com o gestor de artesanato do Sebrae/PB, Jucieux Palmeira, o 38º Salão recebeu, ao longo de sua programação, cerca de 130 mil visitantes, que puderam conhecer melhor toda a qualidade e diversidade do artesanato produzido no estado. Ainda conforme o gestor, o período junino e o alto fluxo de turistas em Campina Grande também contribuem decisivamente para a divulgação e valorização do trabalho dos artesãos da Paraíba.
“Nessa edição do Salão do Artesanato o volume de vendas e encomendas aumentou 35% em relação ao 36º Salão, que foi realizado no ano passado em Campina Grande. Assim como em 2023, um dos fatores que contribuíram para esse sucesso foi a localização estratégica do evento, na Avenida Brasília, que dá uma condição bem melhor de visibilidade a quem está chegando na cidade”, enfatizou Jucieux Palmeira.
Ainda segundo o gestor, ao reunir 500 expositores em único evento, representando a diversidade do artesanato, da cultura e da gastronomia paraibana, o Sebrae e o Governo do Estado seguem avançando na valorização e profissionalização desse segmento. “O artesanato vai muito além da arte. É um segmento que também gera emprego, renda e melhoria na qualidade de vida dos artesãos e seus familiares. Por essa razão, também é importante destacar o trabalho de capacitação que o Sebrae realiza durante todo o ano com os artesãos, abordando a questão do design, qualidade do produto e gestão, de modo que possamos alcançar esses resultados nos salões”, acrescentou Palmeira.
Por sua vez, a gestora do Programa do Artesanato da Paraíba (PAP), Marielza Rodriguez, destacou os números positivos gerados durante o 38º Salão do Artesanato Paraibano. “É uma satisfação enorme para todos que fazem o PAP saber que terminamos o Salão de Campina Grande com tanto sucesso. A consciência do dever cumprido nos invade e transborda em gratidão a todos os artesãos, parceiros e clientes”, declarou a gestora.
Novos mercados – Trabalhando com a renda renascença, uma das mais tradicionais expressões culturais do município de Monteiro, a artesã Marlene Leopoldino participa dos salões do artesanato promovidos na Paraíba desde 2015. Segundo ela, participar do evento abre novas oportunidades no mercado.
“A contribuição é muito importante em questão de conhecer outros públicos e conquistar novos clientes, além do próprio contato entre os artesãos que fazem parte do salão. Além disso, também é uma oportunidade para convidar os meus clientes, para que possam conhecer o salão e as novidades que levo para o evento”, afirmou a artesã.
Solidariedade – Além de divulgar o artesanato paraibano e incentivar a geração de novos negócios, o Salão do Artesanato também possui uma vertente social. Mesmo com entrada gratuita, o evento promove uma campanha solidária para a arrecadação de alimentos não perecíveis, que ao término da programação são doados para instituições filantrópicas.
Esse ano, por sugestão do artesão paraibano Isaquiel França, prontamente aceita pelos organizadores, os 7.066 itens arrecadados durante o evento serão doados para artesãos do Rio Grande do Sul, que ainda enfrentam as consequências da tragédia climática que afetou o estado.