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Conjunto de recursos que são essenciais para custear o funcionamento de uma empresa e mantê-la em atividade, o capital de giro é a principal necessidade dos empreendedores que solicitaram algum tipo de empréstimo na Paraíba nos últimos seis meses. É o que revelam os dados da pesquisa “O Financiamento dos Pequenos Negócios no Brasil”, promovida pelo Sebrae no final do primeiro semestre de 2023.
Realizada em todos os estados do país, com microempreendedores individuais (MEI) e donos de microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), a pesquisa entrevistou 219 empresários na Paraíba. Desse total, 24% dos participantes relataram ter solicitado algum tipo de empréstimo nos últimos seis meses, com 77% desses pedidos sendo aprovados pelas instituições financeiras demandadas.
Ainda nesse universo, 10% dos empreendedores paraibanos que solicitaram algum tipo de financiamento nos últimos seis meses tiveram o pedido recusado, enquanto outros 13% aguardam a avaliação da instituição requerida. Já em relação aos motivos que levaram os entrevistados a solicitarem o empréstimo, a busca por capital de giro foi citada por 38% dos empresários, o que na avaliação da analista técnica do Sebrae/PB, Márcia Timótheo, indica a necessidade de auxílio para manter o negócio em operação.
“Quando a maioria dos empresários pedem empréstimo para capital de giro, isso significa que eles estão buscando financiamento para as despesas operacionais do negócio, como salários, contas a pagar, compra de estoque e outras necessidades do dia a dia. Isso ajuda a manter o fluxo de caixa e a continuidade das operações de uma empresa”, explicou Márcia.
Ainda conforme a analista, o capital de giro é um recurso que precisa receber muita atenção por parte dos empreendedores, dada a sua importância para a sustentabilidade da empresa. “Ele é fundamental para que a empresa tenha como fazer seus negócios acontecerem, ou seja, serve para a sustentação de um negócio, contemplando obrigações de curto prazo. Logo, manter esse capital saudável é crucial para a estabilidade e continuidade das operações de um pequeno negócio”, pontuou Timótheo.
Além do capital de giro, a pesquisa realizada pelo Sebrae também identificou as seguintes motivações para a solicitação de empréstimos pelos empreendedores da Paraíba: compra de máquinas e equipamentos (22%), compra de mercadorias para revenda (21%), reforma ou ampliação do negócio (18%), desenvolvimento de novo produto (13%) e refinanciamento de dívida (12%). Já a opção contratação e treinamento de pessoal, disponibilizada pela pesquisa, não foi indicada por nenhum dos participantes do estado.
Dicas de gestão – Para otimizar a gestão financeira de uma empresa, especialmente de seu capital de giro, a analista Márcia Timótheo ressalta a importância do planejamento e de conhecer bem a realidade do negócio. “Um dos principais caminhos para um capital de giro positivo é ter uma compreensão clara do controle interno das finanças. Para isso, algumas dicas são: faça uma análise detalhada das finanças para entender suas necessidades de capital de giro; elabore um orçamento assertivo para controlar receitas, despesas e investimentos; e gerencie os estoques de forma eficiente para evitar excessos e minimizar custos de armazenamento”, detalhou.
Ainda conforme a analista, também é importante que o empresário “negocie prazos de pagamento e descontos com fornecedores para otimizar o uso do capital disponível; compatibilize o ciclo de caixa e otimize o tempo entre a compra de insumos e o recebimento dos valores das vendas; tenha um bom sistema de cobrança; e mantenha uma reserva de capital para imprevistos, garantindo assim a estabilidade financeira da empresa”, concluiu Márcia Timótheo.
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