Fundamentais para a geração de renda e oportunidades no estado, os pequenos negócios são os únicos que acumulam, em 2023, saldo positivo na criação de empregos formais na Paraíba. É o que indica levantamento realizado pelo Sebrae, a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Segundo os números, entre janeiro e outubro, as micro e pequenas empresas somaram saldo positivo de 17.962 postos de trabalho, enquanto as médias e grandes empresas contabilizaram saldo negativo de 1.064 vagas.
No mesmo período, segundo o Sebrae, a administração pública também acumulou saldo negativo na Paraíba, que foi de 10 postos de trabalho. Já em relação aos setores de atuação econômica, os pequenos negócios também seguiram uma tendência positiva entre janeiro e outubro, com 5 das 7 atividades citadas no levantamento contabilizando saldos positivos de emprego no estado.
São elas: setor de serviços (saldo de 7.428 vagas); construção (5.060 vagas); comércio (4.469 vagas); indústria de transformação (783 vagas); e agropecuária (235 vagas). Já os serviços industriais de utilidade pública (-12) e a indústria extrativa mineral (-1) foram as únicas atividades, entre os pequenos negócios, que apresentaram saldo negativo de vagas entre janeiro e outubro.
Para a gerente da Unidade de Gestão Estratégica e Monitoramento do Sebrae/PB, Ivani Costa, os dados refletem a capacidade de adaptação das micro e pequenas empresas aos movimentos do mercado. “Os pequenos negócios, geralmente, são mais ágeis e flexíveis em termos de tomada de decisões. Isso permite que eles respondam rapidamente às mudanças nas condições do mercado, adaptando-se mais facilmente às demandas locais. Além disso, empresas de menor porte muitas vezes têm presença mais forte e próxima das comunidades locais. Assim, elas entendem melhor as necessidades de cada cliente”, explicou.
Ainda conforme Ivani Costa, os pequenos negócios também possuem mais agilidade para inovar e assumir riscos. “O custo de manutenção de um pequeno negócio é geralmente menor do que o custo de uma empresa de grande porte. Isso pode permitir que pequenas empresas tenham margens de lucro mais elevadas e, assim, possam investir em expansão e contratação”, acrescentou.
Já em relação a predominância do setor de serviços na geração de empregos, a gerente pontuou que ela está relacionada com as novas demandas da sociedade. “À medida que a qualidade de vida melhora e a população tem mais acesso a recursos financeiros, há uma demanda crescente por serviços diversos, como saúde, educação, lazer, entretenimento e consultoria. E como a Paraíba é um estado com grandes atrações turísticas, o setor de serviços, incluindo hospitalidade, restaurantes, transporte e entretenimento, pode ser uma fonte significativa de empregos, impulsionando a economia das regiões com atrações naturais, culturais ou históricas”, concluiu Ivani Costa.
Outubro – Considerando apenas os dados de outubro, o levantamento realizado pelo Sebrae indica que as micro e pequenas empresas encerraram o mês com saldo positivo de 2.462 vagas de trabalho formal na Paraíba. Já as médias e grandes empresas apresentaram saldo positivo de 1.233 postos de trabalho, seguidas pela administração pública, cujo saldo positivo verificado no período foi de 8 vagas de emprego no estado.
Por sua vez, os dados distribuídos por setor indicam, entre os pequenos negócios, a predominância do comércio (saldo positivo de 846 vagas) e da construção (saldo positivo de 831 vagas) na criação de novos postos de trabalho no estado. Em seguida, aparecem os serviços (487 vagas); a indústria de transformação (267 vagas); agropecuária (29 vagas); e os serviços industriais de utilidade pública (10 vagas). Já a indústria extrativa mineral apresentou saldo negativo de 8 vagas durante o mês de outubro.