Serviço é ofertado para tutores que perderam seus pets e busca suprir demanda no mercado O sentimento de luto pela perda de um pet é um dos momentos mais difíceis para o tutor. A convivência no dia a dia, os momentos felizes compartilhados e a dedicação de acompanhar as fases de crescimento do animal são memórias que não são esquecidas, assim como na hora de se despedir. A empresa Ohana Memorial Pet, cemitério para animais de pequeno porte localizado na cidade de Lagoa Seca, na região do agreste, surgiu dessa necessidade e optou por investir em serviços funerários especializados.
De acordo com o empreendedor Cleyston Santana, que é também atendido pelo Programa Brasil Mais-ALI desenvolvido pelo Sebrae/PB, o intuito é prestar um amparo ao tutor e garantir que o animal seja tratado de forma digna. “Eu trabalho com petshop há dez anos com minha esposa e os pets são tratados como sobrinhos. É uma forma carinhosa de acolher o animal e de também fortalecer o vínculo com os tutores que são nossos clientes. Essa decisão de investir em um serviço funerário para animais surgiu da dor de presenciar a perda de pets e perceber a ausência de ambientes para sepultamento. O que fazer agora? É um momento difícil para o tutor e enxergamos a necessidade de ofertar um amparo”, explicou.
O projeto do cemitério para pets começou em 2021 com a formalização da empresa e avançou com a construção da estrutura, passando a funcionar no início deste ano. A área é de 1.000 metros quadrados e conta com mais de 300 gavetas construídas em modelo vertical e que ficam suspensas do contato com o solo. Segundo o proprietário, no local já estão sepultados 160 animais.
O empreendimento conta com serviços desde o processo de preparação para funeral e sepultamento, com atendimento 24 horas e três tipos de planos, que consideram o peso e o porte do animal. Também é possível optar pelo sepultamento e a permanência provisória ou por tempo indeterminado do animal no cemitério. “Nossa estrutura pode chegar à construção de até cinco mil gavetas e tudo feito de forma planejada com a identificação e nome dos pets em placas. Outro diferencial é a manutenção que existe no ambiente e tudo isso tem chamado atenção e até mesmo quebrado o tabu sobre como se preparar para esse momento de despedida e ter um espaço que seja apropriado. O Sebrae é um parceiro importante para quem pretende empreender e tem ajudado o nosso negócio com bastante orientação”, concluiu Cleyton Santana.
Conforme a gestora do Brasil Mais-ALI na Paraíba, Cláudia Pereira, o modelo de negócio apresentado pela Ohana Memorial Pet surge de uma oportunidade observada no mercado e passa a ganhar espaço a partir do momento que existe o comprometimento em buscar o aprimoramento de seus serviços. “Lidar com a perda de um animal de estimação é uma experiência altamente emocional e um negócio que presta serviços nesse apoio, no campo da saúde e bem-estar, deve ser construído com empatia e respeito pelos tutores. Planejar e executar essa atividade com cuidado, atendendo às necessidades dos clientes e fornecendo serviços de qualidade, pode ser um investimento significativo, gratificante e financeiramente rentável”, pontuou.
Por se tratar de uma experiência que envolve momentos de sensibilidade e dor, Cláudia Pereira enfatiza a necessidade de capacitação do atendimento para lidar com a situação. “É preciso preparação para entender as circunstâncias de cada dono e animal. Essa compreensão é essencial para prestar um serviço de qualidade, sempre observando outros pontos importantes como a própria personalização no atendimento, rituais e crenças, diversidade das relações, necessidades emocionais, entre outros”, disse.